8 de agosto de 2009

Devora-me ou te decifro...

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Decifrar, é o que dizes...
A mim ou a ti, é o que pergunto...
O quanto de mim há em ti a decifrar,
O quanto de ti há em mim a descobrir?
O quanto de nós ainda paira no éter,
Disforme, volátil e sem peso?

O quanto de nós é sabido,
O quanto de nós é surpresa?
O quanto de cada um cada um se nega?
O quanto de cada um cada um se entrega?
O quanto dos dois é de cada?
O quanto de cada é dos dois?

O quanto cada um se cobra, e do outro,
Aquilo que do outro é, e também de si?
O quanto cada um se busca,
E se encontra, e se perde no outro?
O quanto temos de vidro,
O quanto temos de espelho?
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Devora-me ou te decifro...

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Decifrar, é o que dizes...
A mim ou a ti, é o que pergunto...
O quanto de mim há em ti a decifrar,
O quanto de ti há em mim a descobrir?
O quanto de nós ainda paira no éter,
Disforme, volátil e sem peso?

O quanto de nós é sabido,
O quanto de nós é surpresa?
O quanto de cada um cada um se nega?
O quanto de cada um cada um se entrega?
O quanto dos dois é de cada?
O quanto de cada é dos dois?

O quanto cada um se cobra, e do outro,
Aquilo que do outro é, e também de si?
O quanto cada um se busca,
E se encontra, e se perde no outro?
O quanto temos de vidro,
O quanto temos de espelho?
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