Mais que poesia, é um protesto;É
uma revolta, um manifesto.
É uma irmã, um quase incesto
Que não quer que uma canção
Cante os restos indigestos De uma noite sem calor...Mais que poesia, é quase um grito;É um dogma, é um rito.É uma mãe desnaturada,Que, ainda assim, não abre mãoDo controle do destinoDo que gerou sem amor...Mais que poesia, é uma heresia,É uma elegia descabidaA um labirinto sem saídaQue a lugar algum conduz,Mas que se prega, e se propaga,E congela o que era ardor...Mais que poesia, é um quase nada;É um desprezo, uma risada.É a negação do acreditado,É a crença vã no já negado,É a insistência insana e sobre-humanaNo que só pode resultar em dor...
Cante os restos indigestos De uma noite sem calor...Mais que poesia, é quase um grito;É um dogma, é um rito.É uma mãe desnaturada,Que, ainda assim, não abre mãoDo controle do destinoDo que gerou sem amor...Mais que poesia, é uma heresia,É uma elegia descabidaA um labirinto sem saídaQue a lugar algum conduz,Mas que se prega, e se propaga,E congela o que era ardor...Mais que poesia, é um quase nada;É um desprezo, uma risada.É a negação do acreditado,É a crença vã no já negado,É a insistência insana e sobre-humanaNo que só pode resultar em dor...